NOTA: Oi, estou com ciúmes. Que foi? Não tenho direito? Tenho sim que eu sei. Existe um decreto nos Anais dos Relacionamentos que diz: “Poderás sentir ciúmes sempre que necessário e não necessário”, amém. Não quero saber se você consegue me dividir, eu não consigo, e você sabe, sempre soube. Mas se quer, vai lá, não vou te impedir. E se por acaso um dia você voltar e eu só estiver de corpo presente, não briga comigo não, só deixei o meu orgulho de lado pra deixar você fazer o que quer pra ficar feliz. Não é tão ruim assim é?
Menina Geminiana
Autora de um tumblr aposentado, fanfics que nunca foram postadas e diários incompletos. Bióloga em formação. Apaixonada por livros, séries, filmes, dança e youtube.
quarta-feira, 1 de março de 2017
terça-feira, 27 de setembro de 2016
Hoje eu vim falar de Você
Você
que me faz tão bem e eu tenho o maior medo de chamar de Meu bem. Porque e se um dia eu te perder, não sei se conseguiria
ficar tão bem.
Você
que caminha do meu lado, nem à frente e nem atrás, pronto pra parar, descansar
e repensar, pronto pra correr quando for necessário. Tudo isso sem soltar minha
mão.
Você
que nunca desistiu de nós. Obrigada.
Você
que me viu de todos os jeitos possíveis. Isso inclui pós-soneca, pós-ensaio,
pós-faculdade, pós-choro, pré-provas, pré-durante-pós TPM e com fome. Nem sei como você sobreviveu
sabia?
Você
que me tem como prioridade, me acolhe nos braços sempre que me vê, que não se
importa de perder um sábado manhoso na cama só pra estar comigo por algumas
horas para andar e simplesmente conversar.
Hoje,
você fez algo tão lindo e simples que eu já estava sorrindo desde o início.
Descemos
do ônibus, era nosso aniversário de namoro, não tínhamos combinado nada de
especial, nem tínhamos grana pra isso, nós só queríamos ficar juntos e sempre
adoramos o pretexto de “ei dá pra gente
se ver hoje?”.
Começamos
andar pela Avenida dos Ipês, falamos sobre filmes e sobre as angiospermas que
acabaram de florescer. Você esticou o braço comprido e pegou uma flor da árvore
do meio fio. Eu sorri.
Continuamos
andando de mãos dadas conversando, você olhava discretamente para os lados até
achar uma flor aleatória no jardim de alguém e as segurava na mão.
Chegamos
ao fim da caminhada. Você apertou minha mão de leve, olhou pra mim e disse Feliz Aniversário de namoro, meu Amor. Eu
sorri de orelha a orelha.
Eu
já tinha percebido o que você estava planejando, mas sempre me surpreendo como
eu fico quando você faz essas coisas. Dizem que eu sou meio ogra, mas contigo é
tão diferente! Eu fico nos ares com um sorriso, quem dirá com um buquê
improvisado de quatro flores lindas na mão da pessoa que você ama. Ninguém
resiste!
O
amor é assim. Simples, cativante, inexplicável. Cada ato é um grão de areia que
vai formando nossa praia, um lugar seguro mesmo com os constantes avanços do
mar. Somos o nosso porto seguro. Ou pelo menos tentamos ser.
domingo, 17 de abril de 2016
Deixa ir
E
pela primeira vez na vida você não foi egoísta.
Deixou-o
ir. Mesmo com o coração apertado. Mesmo mentindo dizendo que não o amava. Mesmo
sabendo que podia nunca mais vê-lo ou falar com ele. Mesmo sabendo que ele
faria o mesmo que você tentou fazer a um tempo atrás. “Espero que você seja
feliz com esse relacionamento sem futuro”. Lágrima caiu.
Ué,
claro que eles terão um futuro.
Eles
são parecidos. Não é um fogo constante, é brando. Não foi amor à primeira
vista. É um sentimento construído. Não vão brigar pelas leseiras que vocês brigavam.
Mas também não vai ser luzes e fogos de artifícios. Vai ser uma luz no fim do
túnel e não, essa luz não é você. É ela. Aquela que não fez ele sofrer, aquela
que não deixou ele partir, aquela que estava aqui quando você não estava.
Pensou
mesmo que tudo voltaria ao normal?
A
verdade é que a hora de vocês passou, e passou faz tempo! Não existe mais
aquele “nós”, só o laço que ele criou com ela enquanto você fugia. Hoje deve
estar fazendo uns seis anos que vocês se conhecem, seis anos que se amam, seis
anos que vocês não conseguem ficar juntos. Eu? Eu já teria desistido. Por que
você foi lá cutucar a felicidade dele? Por que foi deixa-lo confuso?
Comodismo?
É né. Será mesmo que ele sente a eletricidade passar pelo seu corpo quando
beija os lábios dela? Será mesmo que ele não queria ouvir que você ainda o
amava? Será mesmo que ele ligou sem querer? Na minha terra quando tu olhas o
status de alguém e acidentalmente aperta pra ligar é acidente. Mas a questão é:
por que ele estava olhando teu status?
Já
dizia Renato Russo “Será, só imaginação”. E é. Deixe-o imaginar.
Mas
menina, toma vergonha nessa tua cara! Não era você que odiava quando alguém
tentava perturbar teu namoro? Agora você esta igualzinha a todas elas. Deixe-o
ser feliz no comodismo dele.
Mas eu mudei.
Não
adianta mais... Você sabe disso. Vocês não conseguem se amar como pessoas
normais, vocês são extremos. E nós, “nós aceitamos o amor que achamos que
merecemos”. Você não conseguia ver que ele estava disposto a atender todos teus
pedidos, mesmo você achando que estava pedindo muito. Você não viu que ele
estava feliz contigo, porque achou que ele não estava e ponto final. Você tirou
o direito dele de te amar só porque achou que não servia pra ninguém. Escolheu
você mesma. Agora chora. Chora mesmo. Porque como eu disse lá em cima: o tempo
de vocês passou.
Mas
você não quer outra pessoa? Que pena, florzinha.
Ele
já desistiu de você. Como você desistiu dele no passado. A vida da voltas, né? Uma
hora ou outra ele vai até esquecer aquela sua mania de colocar “rsrsrs” em fim
de frases só pra disfarçar a ênfase da mensagem. E você? Você vai estar ouvindo
“Cuida bem dela” com fones de ouvido no ônibus olhando pela janela, vai cantar
mentalmente para a NAMORADA dele, afinal você não é ela.
Pede
desculpa. Sério.
Você
veio aqui só atrapalhar e sabia disso! Por que não mentiu pra ele logo? “Era só
iludir”, era só mentir como ele pediu, escolher por ele pelo menos uma vez... Sabe o que é
engraçado? Ele também esta mentindo pra você. Dois burros.
Fim
da história. Beijos do seu Cérebro.
P.s.:Melhor voltar a usar o Coração porque até eu
já desisti.
domingo, 18 de outubro de 2015
Marca-dores.
Algumas
coisas te marcam, nem sempre de um jeito bom.
Essas
coisas fazem de nós o que somos hoje, justificam as atitudes que tomamos a
partir delas, nos motivam a tomar decisões para o futuro e, na maioria das
vezes, nos prendem em nós mesmos, como um segredo particular. "Marcadores da vida".
Freud
explica que o que vivemos na infância, reflete na vida, na sexualidade
principalmente. Diz que “Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a
boca se cala, falam as pontas dos dedos.”, concordo com ele.
Não
importa o quanto você esconda isso de todos (e de si mesmo) naquela caixinha na
memória intitulada “Coisas para esquecer”. Não adianta, você ainda guarda a
caixa.
Uma
hora ou outra tudo isso explode. Foi o que aconteceu comigo.
Eu
já tinha revivido essas lembranças milhares de vezes, já tinha chorado e escrito
sobre elas, mas acho que não foi suficiente. Eu precisava contar pra alguém. Contei.
Não
era o momento, não era o lugar, mas era a pessoa certa.
Primeiro
senti a mistura de pânico e vergonha, como se a caixa tivesse aberto e eu
desesperadamente tentasse fecha-la. Depois senti um alivio, eu não precisava
mais guardar aquilo, pelo menos não com tanta amargura.
Aquilo
que me feria tanto a ponto de me deixar dormente, de mudar tanta coisa em mim,
tinha se esvaído como fumaça e eu me senti leve.
Leve
como a brisa que bate no meu rosto quando vou passar fim de semana no interior.
Leve como o sorriso da minha avó quando eu faço uma piada estranha. Leve como a
gargalhada da minha irmã. Leve como os beijos do meu namorado. Leve como quando
danço.
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
Ela é Passado, Eu sou o "Futuro"
Eu sei, eu sei. Não posto há
algum tempo, mas sou daquelas que só funciona com inspiração e só posta quando
esta totalmente satisfeita com o texto. Sou dessas.
Pensei em postar textos que eu já
tinha feito antes, que ficaram guardados nas pastas do computador ou aqueles
que escrevi no Tumblr, textos muito bons e cheios de sentimentos. Porém percebi
algo que qualquer um teria percebido: Eu não sou mais aquela garota.
Aquela garota falou a vida toda
que faria Direito, e no 2º ano do Ensino Médio jogou tudo pro alto. Eita menina doida! Ela amava um garoto
que não fazia bem pra ela. Ela engolia palavras pesadas pelas atitudes na
escola e pelo seu peso na Dança. Ela se refugiava nos livros. Ela chorava
escondida.
É tanta semelhança e diferença
entre “eu” e “ela”.
Hoje eu faço Biologia, aprendo
uma coisa nova todo dia. Estou com o coração de bem, amando a mim mesma e mais alguém.
Aprendi a me defender, ignorar e se necessário
perdoar (não que isso funcione 100% das vezes, sou um ser humano). Desisti das
dietas malucas, mas nunca vou desistir da Dança. Continuo lendo muitos livros,
mas não choro escondida. Eu cresci. Eu mudei.
Mudei e recomendo. Recomendo para
as pessoas que me julgaram, para os que têm medo de mudar o rumo da vida, para
os que não conseguem se livrar do passado, para os corações partidos, para quem
se prende em afazeres como eu fazia com a leitura se escondendo de todos. Recomendo pra todo mundo.
Tem um mundo aqui fora, amiga. E sabe a melhor parte? Nesse mundo,
chamado “Presente”, não ligamos pro seu passado, ligamos para o agora, para um
tal de “Futuro”.
Mudar faz bem, mude pra melhor,
mude pro melhor que você pode ser. Boa sorte!
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Desmoronar e Reconstruir
Já
notou como tudo sempre esta em constante movimento? As vezes lento, as vezes
frenético, mas em movimento...
Outro
dia eu estava na aula e no meio das anotações rápidas (e um tanto malucas) nos
meus papéis de ofício me deparei escrevendo a citação: “O universo tende ao caos”. Na hora deixei passar, mas hoje tudo fez
sentido. Ou pelo menos, um sentido mais próximo da minha realidade não científica.
Fim
de tarde minha mãe chegou a casa com o cabelo cortado um pouco abaixo do ombro
e um sorriso tímido no rosto. Meu sorriso se abriu por completo. Ela me
perguntou como ficou, eu a abracei e disse “eu gostei, esta mais linda
ainda”. E ela estava.
Faz
3 anos que ela mantinha o cabelo longo até o fim das costas e 3 meses que a
demitiram do emprego. Ela não estava a muito tempo lá, não ganhava tão bem mas era o dinheiro que pagava metade das
contas de casa e o colégio da minha irmã mais nova. E para piorar, ontem meu
padrasto perdeu o emprego também.
Ninguém
estava muito feliz sabe? Como poderiam? Eles podiam rir do que minha irmãzinha
falava “Eu? Eu que não quero trabalhar
nesses empregos que demitem a gente” mas todos sabemos o quanto a segurança
de estar empregado faz falta.
Foi
um desmoronamento.
A
gente vai criando pequenos barracos, casas, casarões, mansões e castelos com
sonhos e planejamentos, se baseando no que temos hoje, e então, “puff” eles
podem desmoronar e só restar escombros.
Ficamos
perdidos. Certas coisas perdem sentido, caem muitas lágrimas, perdemos a noção
e o objetivo. Como se comungássemos com o universo e sua desordem.
Se
Clarice Lispector visse esses capítulos das nossas vidas, diria que estamos a
espera dos nossos “momentos epifânicos”. O cabelo cortado de minha mãe foi mais
do que estética, foi um convite a um recomeço.
Significava que ela estava reconstruindo a sua alma, passando merthiolate nas feridas, colocando bandeide sobre as cicatrizes, pegando os sonhos que sobreviveram e
colocando na bagagem, deixando os restos pra trás e se bobear passando corretivo
nas olheiras. Refletia o jeito dela de dizer pro mundo “oi estou pronta pra outra”.
Se
reconstruindo.
É
mãe... a cada dia que passa percebo o quanto aprendo com a senhora. Ah, como eu
quero um dia aprender a sorrir assim e dizer pro mundo “Vem com tudo que eu to pronta pra outra”.
terça-feira, 21 de julho de 2015
Uns 16, 17...
É confuso. Você espera tanto
tempo por essa idade, como se um milagre
fosse acontecer ou como se fosse achar um
grande talvez (oi John Green), e do nada, assim sem perceber, essa idade
passa e você continua a mesma pessoa. Eventualmente um pouco mais forte.
Talvez isso tenha acontecido só
comigo, não sei. O importante é: Eu não estudei em um internato, não fui
chamada para Hogwarts, continuo mundana, não me tornei vampira, não entrei em
nenhum reality show que me levasse à morte ou que me elegesse princesa. Ainda
sou a mesma garota, porém sobrevivi ao Ensino Médio.
Não sei quantos anos você tem
leitor, mas vai que você ainda não passou por essa fase do famoso “patinho
feio”? Ou já reparou que os livros e filmes de hoje só trazem personagens de
16, 17 anos? Onde você só quer se sentir parte de um grupo, se sente só, e
talvez como eu, tenha se fechado no mundo dos livros.
Lá encontrou esses personagens
que ou eram muito parecidos com você ou eram o que você queria ser. Eles tinham
a sua idade, viviam aonde você queria viver, tinham aventuras, amigos legais, relacionamentos
sérios, amizades coloridas, te davam motivos para rir do nada, e talvez até te motivassem
a fazer o que a timidez não deixava.
De qualquer forma, vou te contar
um segredo (se tivessem me contado isso eu jamais teria me preocupado com tanta
gente sem noção): Relaxa que o mundo real não é assim, mana!
Insegurança é normal, todo mundo
tem (até aquela garota chata que pratica bullying com você, acredite). Não
tente ficar imitando os outros, autenticidade chama mais atenção e é um dos
motivos de você ser querida pelas pessoas. Não perca tempo. Não importa se seu
objetivo é fazer Medicina, Letras, Dança ou ser cantor em uma banca de reggae,
foque no que é importante pra você e lute por isso.
Você vai passar noites em claro, mergulhar
em xícaras de café (meu caso!), vai estudar feito condenado, treinar até sentir
os músculos latejando, brigar com seus pais, terminar, começar e reiniciar amizades
e relacionamentos, entrar em desespero ocasional. É o Ensino Médio, ninguém te
disse que seria fácil né?
E sabe aquela frase famosa que
sua mãe vive dizendo pra você: “Você vai rir de tudo isso mais tarde”? Pois é,
ela deve estar certa porque sempre rio quando lembro disso tudo. Imagina quando
chegarmos no “nível hard” da vida?
P.s. Vai valer a pena.
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